6 de agosto de 2012

Feminista, pois nem tanto.


Não sou feminista. Ok. Talvez eu seja um pouco.

Defendo direitos iguais para homens e mulheres. Menos no ônibus. Ah, por favor, no ônibus não!
Eu sei, eu sei. Você deve estar se perguntando o que eu quero dizer. Primeiro deve ter levantado uma ideia bizarra que grita um questionamento também bizarro. "Quer dizer ter acentos preferencias para mulheres, assim como para idosos, deficientes e gestantes?" . É isso aí - como diz a Ana Carolina.
Você pode tá achando a minha ideia ridícula, bizarra e injusta. Muito injusta. 
Pois, eu não ligo. Sinceramente, acredito fielmente que tal proposta, se for posta em prática, melhorará a vida de todos nós dependentes e consumidores fiéis dos confortáveis transportes coletivos.
Ok, para! Você tem razão, eu me enganei... os nada confortáveis, transportes coletivos.
Defenderei minha 'tese' por parte, let's go! O argumento principal, parte-se de um fato super existente que me provocou essa revolta, com cheiro de revolução e sede de vingança (uma vingança boa). Tarados! 
Se você amável leitor for um desses oportunistas e faz parte da gangue mais deprimente de todos os tempos os TDB - Tarados Do Busão, por favor, contenha-se! Apesar de eu não acreditar em hábitos ruins de leitores. Porém, nunca se sabe!
Os TDB existem de monte espalhados por cada mísero canto do ônibus. E eles tem mesmo a incrível capacidade de se contorcer, em um ônibus que não cabe mais nem o mais magro dos espíritos, só pra dar uma "esfregadinha" no sexo oposto, ou do mesmo sexo, em casos mais raros. Isso é abuso! E o pior, não dá cadeia. Deveria dar cadeia. Isso mesmo, C-A-D-E-I-A. 
Não digo que não tenha mulheres taradas por aí, por que tem de sobra. Mas façamos uma pesquisa e verificaremos os índices de esfregação. Os homens disparam. Se não acredita, faça você mesmo a pesquisa.
Eu não sou aquele protótipo de beleza padrão, não mesmo. E mesmo assim, passo por algumas situações frustrantes e nojentas que prefiro não relatar. 90% das mulheres já deve ter tido uma experiência nada significativa dessas. E nem precisa ser bonita. Basta não ter pênis.
Outro detalhe importante a mencionar, é o fator MENSTRUAÇÃO. 
Não é doença, mas provoca instintos medonhos. Cólicas, calor e TPM. Essa não quero nem mencionar. Há casos graves disso, queridos. 
Pois o fato é: mulher sente uma série de fatores biológicos que nos favorecem aos acentos. E ainda por cima, tem que aturar efeitos biológicos hormonais dos outros. Não é fácil. Somos mesmo guerreiras.
É isso queridos, espero que tenham entendido minhas humildes intenções. Claro, é difícil de concordar com ela. Mas eu levei tempo para elaborar minha 'teoria', já conversei a respeito e escutei maravilhosos argumentos contra essa minha ideia pretensiosa. Mas, eu amo mesmo ouvir opiniões. E não mudei a minha, ainda.
Enquanto isso, contamos  com alguns poucos gentis cavalheiros, que com um sorriso nos chamam pra sentar. no seu acento e não  no seu colo.

2 de agosto de 2012

Moldes (im)perfeitos.

A subjetividade é extremamente fascinante e absolutamente inata. Ao menos, deveria ser.
Desde quando nascemos somos induzidos. Somos induzidos a vida toda. E isso é bom na maioria das vezes. Mas e quando não é?
É fato que escola, família, religião e comunidade nos moldam, nos mudam e nos ajudam a manter o equilíbrio. O tão complexo equilíbrio.
A questão é que, somos moldados tão arduamente, que mesmo quando algo ameça nos retirar do nosso eixo, somos logo impulsionados de volta para os nossos movimentos de rotação e translação diários. Mas, aquilo que nos constrói e nos fortalece, também nos destrói e nos enfraquece. Aquilo que nos faz crescer com princípios, também nos torna principiantes do crime e da ambição, pois, as sociedades são diferentes em determinadas regiões, devido principalmente aos desníveis econômicos, como todos sabemos.
O acesso a educação não é para todos, e quando é, não é igual. A saúde, a moradia, a religião, que pra uma parte é palpável e real, para outra é algo nada além da utopia.
É meus amigos, "na vida a gente tem que entender, que uns nascem pra sofrer, enquanto o outro ri". 
E já que a sociedade não pode ser igual em todos os casos, a subjetividade deve ser igual em todos os seres.
Talvez devido aos tantos desníveis que observamos no caminho, eu não sou tão crente em destino, em uma vida milimetricamente traçada. Acredito em nossa real capacidade de mudar, de escolher, de acertar e errar. Por isso, eu creio numa subjetividade inata, real e libertadora.
E é a minha crença que me motiva a perguntar: O que você é? O que você quer ser?
Eu não me refiro no âmbito profissional, numa carreira. O que eu tenho a audácia de lhe perguntar é o que você gostaria de ser em um âmbito muito maior do que tudo isso aqui, do que todas as interferências que você já sofreu e causou. É algo realmente só seu, algo que lhe diferencia dos demais, que lhe faz único e incomparável, além de suas impressões digitais, claro.
Bem caros, já fui invasiva por um instante, interprete como quiser. A subjetividade é toda sua.